A cavalaria em sua essência, é uma arte do nome. O nome não
apenas designa a pessoa: ele serve como uma garantia. É nomear-se, falar,
engajar a palavra e os atos do ser humano no seio do Todo ao qual ele
participa. Afinal, chegar à revelação da identidade espiritual significa tomar
consciência de sua própria singularidade no seio do conjunto dos outros Nomes
divinos na unidade teofânica, que é a revelação!
no Oriente
domingo, 18 de fevereiro de 2018
domingo, 14 de janeiro de 2018
O Mistério do Graal
Será o mistério do Graal portado por uma jovem mulher, que, como “reflexo
nas Águas” nos dirigirá para o mistério da Lança que Sangra, cujo Vaso do Graal
recebe o transbordamento de vida.
(...)
O jovem arde de desejo de perguntar o sentido dessa aparição, no
entanto, ele se contém e permanece silencioso.
O EPISÓDIO DO CASTELO DO GRAAL- Patrick Paul
Espada
oferecida ao primeiro
Nome nascente
da fissura de
um Rochedo.
"Empunhadura
do mais fino ouro
da Arábia e
da Grécia,
bainha de
Veneza dourada e bordada.
(...)
Espada de Luz. Verbo-Espada
Luz que
brilha no coração das trevas.
Encarnação
da Palavra.”
sábado, 13 de janeiro de 2018
O EPISÓDIO DO CASTELO DO GRAAL
O valete que traz a espada diz: “Sir, loira donzela, vossa sobrinha, a bela,
vos presenteia com esta espada. (...) vós a dareis a quem vos aprouver, mas
minha dama ficaria contente se esta espada fosse entregue às mãos de alguém que
seja hábil no uso das armas.
(...)
Enquanto eles falavam sobre uma
coisa ou outra, veio um valete de um aposento, e uma lança muito brilhante ele
trazia, empunhando-a pelo meio. Da ponta
de ferro da lança, escorria uma gota de sangue, e essa gota vermelha fluía até
a mão do valete.
(...)
Junto com os valetes vinha uma
damizela muito bela, esbelta e bem trajada trazendo um cálice entre as mãos.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
(“É no silêncio dos homens que a palavra de Deus se revela.”)
O EPISÓDIO DO CASTELO DO GRAAL
... descendo uma
colina, chega a um rio. Suas águas são rápidas e profundas.
Cabe então agora ao nosso Cavaleiro despertar a vida do
Espírito.
(...)
essa imagem seria uma
representação da descida do Espírito que fala em nossos corações assim que o
silêncio do homem torna possível a revelação da Palavra ... Portanto, chegar à “
brecha do rochedo”, é a própria ação que posteriormente permitirá que nosso
Cavaleiro seja designado por seu Nome verdadeiro.
(...)
trata-se de penetrar através de uma brecha, num rochedo,
para em seguida perceber um vale, uma moradia
... a pedra que se abre e que permite o acesso ao Templo é equivalente a
Pedra Angular ... ela é como o Onfalo de
Deus e sua aparição é uma indicação de que o Templo foi reconstruído.
(...)
O Castelo, assim como a Cerimônia do Graal, deve ser
considerado como uma teofania da Luz (Agni)
, como testemunho do Fogo da Vida. Portanto é um espaço a-tópico e
atemporal que, apesar disso, enraíza tanto a espacialidade quanto a temporalidade.
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
A LINGUA DOS PÁSSAROS
A conquista de Blanchefleur, associada à libertação
concomitante de seu castelo manifesta as diferentes fases da Unio sympathetica entre o Senhor de Amor
e seu servo de amor. (...) é a primeira fase de revelação do Segredo das
Origens.
(...)
Depois da fase de liberação de Blanchefleur, será possível
entrar nos mistérios do “Castelo da Alma” ( ou Castelo do Graal) .
(...)
A conjunção do tempo existencial e o da transtemporalidade
interna quebra a trama do tempo histórico para fazer a alma alcançar um novo
espaço e um novo tempo. A Palavra ou Verbo, como relato mudo a ser diferenciado
da palavra existencial torna-se então ao mesmo tempo o advento da alma e a
individuação mística. (“A Língua dos
Pássaros”) .
(...)
Só pode conhecer o espírito da Escritura aquele que o prova
(...)
(O EPISÓDIO DO CASTELO DE BLANCHEFLEUR/ Interpretação de Patrick Paul)
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
O EPISÓDIO DA DONZELA DA TENDA (INTERPRETAÇÃO DE PATRICK PAUL)
A Damizela sob a tenda, que surge nesse momento,
corresponde, na cabala, à noção de Shechiná
. Na tradição judaica (...) é um sinal da Presença concreta e viva de Deus
em sua criação. (...) tem a função de intermediário entre o Divino e o
criatural.
O presente episódio ilustra a maneira conforme a qual essa
presença divina, a Shechiná, estará ferida,
será negada, será rejeitada. A fonte de imortalidade associada à Água da Vida
(eterna) passou a estar limitada devido a temporalidade. Isso levará à criação
do “eu” solar (o ego/ a Águia) e da sua contraparte constitutiva: o orgulho.
Notas do editor:
- A etimologia: “Dame-oiselle”, ou seja, “Dameoiseau”: “dama
pássaro”, evoca, pelo pássaro (oiseau em
francês) o reconhecimento da realidade espiritual.
- Esse nome “Shechiná”
deriva de “Schacan”, que significa “permanecer
sob uma tenda”. Ver também a Shakti, esposa de Shiva, o divino, na tradição hindu. Outra relação pode ser estabelecida com a Ísis da
tradição egípcia
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